Cadetes Locais 1.0
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LIÇÃO 40 - ABRINDO FOGO EM SÃO PAULO Empty LIÇÃO 40 - ABRINDO FOGO EM SÃO PAULO

Qui Abr 20, 2023 3:22 pm
DA BÍBLIA
Hebreus 11:33-40;
Hebreus 13:7;

OBJETIVOS
Como resultado dessa lição os Cadetes Locais aprenderão que:
• Como se deu o início do trabalho pioneiro do Exército de Salvação em São Paulo;
• A seguir o exemplo e a dedicação dos Oficiais e Salvacionistas pioneiros;
• Podem aprofundar seu conhecimento a respeito do pioneirismo “sangue e fogo” salvacionista na cidade de São Paulo;

PARA SE APROFUNDAR
Em fevereiro de 1923, o Tenente Coronel Miche viajou para São Paulo a fim de estudar a possibilidade de abrir um posto de evangelização nesta grande cidade industrial e comercial que era considerada, já naquela época, como a capital econômica do Brasil. São Paulo, edificada em um planalto acidentado, de cerca de mil metros de altitude, a uns cinquenta quilômetros do litoral, usufrui de um clima mais ameno que o do Rio de Janeiro. Trabalha-se com mais entusiasmo. A cidade conta, entre a sua população, com uma grande proporção de italianos, libaneses e mesmo de japoneses que preservavam a tradição do ardor no trabalho, herança trazida de suas pátrias.
A quatrocentos quilômetros apenas do Rio de Janeiro, David Miche teve a impressão de ter descoberto outro País. Tendo rapidamente encontrado um salão, ele designou a Capitã Reid como Oficial Comandante do Posto. Ela seria auxiliada pela senhorita Huber, promovida então ao grau de “Enviada”. No mesmo dia em que se devia assinar o contrato de locação do imóvel, a Enviada Huber adoeceu, e por isso foi necessário adiar a realização dos planos. Pouco tempo depois a Capitã Reid deveria também, como foi dito anteriormente, terminar suas atividades por motivos de saúde. Finalmente, retorna à Inglaterra em junho de 1923.
Devido a estas circunstâncias, naquele momento era praticamente impossível abrir um posto na cidade de São Paulo. Somente em 1924 foi que os Ajudantes Sjödin – que tinham passado pelo Corpo do Rio I por dois anos – foram enviados para iniciar o trabalho na grande metrópole. O Tenente Balmer também foi enviado para lá no mesmo ano com o fim de dar os primeiros passos para a locação de um salão e os preparativos para a instalação de um Corpo

Corpo de São Paulo I (Corpo do Brás e atualmente Corpo Central de São Paulo).
Desde 4 de dezembro de 1924, o primeiro posto de São Paulo tinha sido aberto na Avenida Rangel Pestana nº 13 no bairro do Brás, com os Ajudantes Sjödin, na qualidade de oficiais comandantes. Nas palavras do redator do Brado de Guerra, sem dúvida o sucesso de mais importância daqueles dias foi a abertura de um salão para o trabalho do Exército de Salvação em São Paulo. No mesmo número do Brado de Guerra o Ajudante Axel Sjödin traz um relato sobre a abertura deste primeiro Corpo de São Paulo, intitulado “Nosso trabalho em São Paulo”. Ele começa: “O Exército da Salvação em São Paulo? Já se iniciou algum trabalho? Installar-se-há aqui? Onde está o salão?” A essas e muitas outras perguntas ele e os demais salvacionistas tiveram que responder, durantes os dias que estiveram na cidade, antes da abertura do salão. O que testemunharam foi o interesse geral da população. Uma senhora ao encontrar-se com a Ajudante Sjödin a abraçou e disse: “Graças a Deus que chegastes. Por annos tenho orado para que viésseis a São Paulo”.
Muitas questões precisavam ser resolvidas antes que alguma reunião pudesse acontecer. Haviam, como sempre, algumas dificuldades que não estavam previstas, mas apesar dos preparativos não houveram sérias dificuldades e, quando os Chefes Territoriais chegaram, os pequenos detalhes que ainda faltavam foram resolvidos sem maiores inconvenientes.
Foi assim que se abriu fogo em São Paulo. O salão estava lotado com mais de 250 pessoas e a boa quantidade dos que ficaram do lado de fora, por não ter mais espaço no salão, mostrou que as expectativas que eles tinham foram coroadas de êxito. Para muitos aquela reunião era uma grande novidade, mas prontamente, ganharam a simpatia dos presentes que certamente era tão mistos quanto possível, tanto no que se referia à posição social como à nacionalidade. A maioria dos presentes tomou parte no canto de abertura. Logo após a oração e a leitura bíblica, o Tte. Coronel Miche tomou a palavra para explicar a origem, os fins e alguns dos princípios e métodos do Exército, dando especial ênfase ao principal objetivo da nossa obra: “o de salvar almas”. Seguiu-se a apresentação dos oficiais que ficariam à frente do Corpo, oferecendo a eles a oportunidade de dizer algumas palavras.
Os representantes de outras denominações pareciam bastante interessados. Devido à escassez de tempo, falaram apenas três deles. O Rev. Teixeira disse que lhe parecia faltar algo no trabalho cristão em São Paulo, faltando-lhe o Exército de Salvação e que estava contente por ver preenchida esta falta. Terminou desejando bom êxito ao trabalho salvacionista. O Rev. Bernard disse conhecer o Exército a muitos anos e expressou seu grande prazer por vê-lo chegar a São Paulo. A Senhora Cooper disse terem sido seu esposo e ela os primeiros oficiais salvacionistas que pisaram em território brasileiro. Na ocasião eles dirigiam um orfanato na cidade de Suzano. Ela disse confiar que o Exército seria uma bênção para seus “filhos”, cujo número chegava a mais de cem.
A Sra. Tte. Coronel Stela Miche fez aos presentes um caloroso apelo, convidando-os a aceitar a Cristo como o seu Salvador pessoal. Outra ocasião de muita emoção foi a entrega da bandeira salvacionista aos Oficiais responsáveis pelo Corpo. O Chefe Territorial lembrou aos oficiais sobre a importância de sustentar com firmeza os princípios representados pelas cores da bandeira, manifestando sua confiança de que eles ensinariam e proclamariam a Salvação, a Santidade e o poder do Espírito Santo. Desta forma foi concluída a agradável e inspiradora reunião com um cântico de consagração após o qual todos saíram com a certeza de que Deus havia se manifestado entre eles enquanto estiveram reunidos para aquela ocasião.
Além desta reunião de inauguração houveram outras duas (uma na sexta e outra no domingo) dirigidas pelos Tte. Coronéis Miche. As mensagens tiveram como resultado a conversão de dez pessoas, cinco em cada noite. Deram, também, início à primeira Reunião de Companhias (Escola Dominical) com a presença de 58 crianças. Outra reunião que foi realizada em uma avenida foi muito apreciada. A Enviada Huber atuou eficientemente em todas as reuniões, sendo a tradutora e intérprete do Tte. Coronel Miche.
Além deste trabalho aberto na região do Brás, posteriormente, o Exército de Salvação abriu um Corpo na Cidade de Santos, no Litoral Paulista, em 15 de janeiro de 1926 e outro no bairro do Ipiranga, na Capital, em 22 de março de 1927. Mas essa é outra história que podemos estudar em outras lições.
Extraído do Rascunho do Livro: “1922 - No Exército de Deus lutamos: História do Exército de Salvação no Brasil” – Major Cristiano Araújo.

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Corpo Central nos dias atuais

PARA MEDITAR E APLICAR EM CASA
Quando estudamos o início da história do Exército de Salvação em São Paulo nos damos conta do trabalho de Oficiais e Salvacionistas dedicados. Estrangeiros que vieram ao Brasil, sem conhecer a língua e os costumes do País, mas que dedicaram suas vidas integralmente a Deus e Sua obra. De que formas o exemplo destes homens e mulheres de Deus estimulam nosso trabalho para o Senhor hoje?

Lição elaborada pelo Major Cristiano Araújo, Chefe Divisional da Divisão de São Paulo
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