LIÇÃO 23 - VOZ, MÚSICA E MOVIMENTO

DA BÍBLIA
• Salmo 96:1-2;
• Salmo 100:2;
• Salmo 150:3-5;
• Efésios 5:19;
• Colossenses 3:16;
• Êxodo 15:20-21;
• Juízes 5:3;
• 2 Samuel 6:5;
• 1 Crónicas 15:16;

OBJETIVOS
Como resultado dessa lição os Cadetes Locais aprenderão a:
• Conhecer mais sobre a história dos grupos artísticos dentro do Exército de Salvação;
• Conhecer um pouco mais sobre o funcionamento e as partes dos grupos artísticos;
• Perceber que os grupos artísticos podem ser usados tanto para a edificação dos santos como para a evangelização;

PARA SE APROFUNDAR
A história do uso da arte dentro do Exército de Salvação para fins de edificação e da pregação do evangelho se confunde com a história dos primórdios do próprio Exército de Salvação.
Já em 1878 Charles Fry e seus três filhos formaram um quarteto de metais para tocar nas reuniões ao ar livre. William Booth ouviu o grupo e o integrou em suas próprias campanhas evangelísticas. O grupo cresceu com a adição de outros músicos e instrumentos e ficou conhecido pelos nomes de "The Aleluia Minstrels" (Os Ministros Aleluia) e "The Happy Band" (A Banda Alegre).
Oficialmente, a primeira banda de metais de um Corpo do Exército de Salvação foi formada em dezembro de 1879 em Consett, County Durham. A ela se seguiram muitas outras e o Exército de Salvação incorporou o uso das bandas de metais em sua forma de culto e evangelização. A International Staff Band (Banda de Metais Internacional), conjunto principal do Exército de Salvação, foi fundado em 1891.
Já a história das Brigadas de Pandeiros tem origens diferentes. Há registros indicando que a esposa do Capitão Charles Rothwel teria sido a primeira pandeirista salvacionista, usando um pandeiro comprado pelo capitão para acompanhar as marchas salvacionistas.
Outra história fala sobre Lizzie, uma mulher que cuidava de um teatro onde havia apresentações de pandeiristas ciganos. Ao ver um ar livre do Exército de Salvação, se converteu, e logo o Capitão de seu Corpo a convidou a tocar pandeiros nas marchas e ar livres. Lizzie não só tocava. Ela tocava como se sua vida dependesse disso! Logo ela focou conhecida como “Tambourine Lizzie” (Lizzie do Pandeiro).
Independentemente de quem tenha sido a primeira pandeirista, os pandeiros se popularizaram muito rápido e entre 1882 e 1884 já havia cerca de 1600 pandeiristas salvacionistas.
William Booth não gostava muito da ideia de corais. Ele entendia que eram fonte de orgulho e outras coisas do tipo. Assim, usava-se o título de “Brigade” (brigada), pessoas que estavam dispostas a servir de forma geral, orando com penitentes, apoiando na evangelização e servindo a humanidade sofredora. Não era só um grupo de cantores que podiam se perder em egos, mas sim um grupo de soldados engajados na missão!
O primeiro registro que temos de uma banda do Comando do Brasil foi em um conserto feito no salão Álvaro Reis da Igreja Presbiteriana do Brasil em 1932. O mestre dessa banda era Hjalmar Eliasen e o vice mestre era um ex-músico da Banda do Estado Maior da Dinamarca, Arnold Hansen Jacobsen. O relato histórico diz que em uma única campanha, em 1935, eles alcançaram cerca de treze mil pessoas e levaram cento e vinte duas dessas pessoas a Jesus.
Na década de 50 o então Major Bruno Behrendt liderava a Brigada Territorial de Cantores do Quartel Nacional.
Christopher Francis Parker, então Capitão, forma a Banda Territorial em 1974 e em 1979 reaparecerá a Brigada Territorial de Cantores, cujo mestre a época foi Daniel Tavares Bastos Gama.
Quem trouxe a ideia das Brigadas de Pandeiros para o Brasil, na década de 50, foi a Tenente Joan McGuigan, uma Oficial vinda da Austrália.
O Exército de Salvação no Brasil já atuou com produção de musicais. O musical “Glória” foi apresentado na Divisão do Rio de Janeiro no final da década de 70, de autoria dos Generais John Gowans e John Larsson. E em 1977 apresentamos o musical “Gente de Jesus”. Também fizemos o musical “Espírito” em 1980.
Embora não haja um registro histórico de outros grupos como Grupos de Música Contemporânea, Grupos de Coreografias, Grupos de Teatros e outras expressões artísticas, essas também são parte importante da adoração, ensino e evangelização no Exército de Salvação.

• Mas como se compõem as Bandas, Brigadas de Cantores, Brigadas de Pandeiros e outros grupos artísticos?
Essa é uma pergunta muito interessante! Você sabia que existem Ordens e Regulamentos específicos para esse tipo de atividades?
Vamos dar alguns detalhes dos grupos artísticos abaixo.
As Bandas de Metais possuem seis partes:
1. Cornet (solo cornet, primeiro cornet e segundo cornet);
2. Fluguel Horn;
3. Horn (primeiro e segundo);
4. Barítone (primeiro e segundo);
5. Trombones (primeiro, segundo e trombone baixo);
6. Baixo (baixo si bemol e baixo mi bemol).
Uma Banda de Metais tem que ter no mínimo 4 partes para que tenha harmonia, mas pode ter todas as partes citadas acima.
Uma Brigada de Cantores não tem números mínimos ou máximos de cantores, mas é formada pelas vozes soprano e contralto (femininas) e tenor e baixo (masculinas) tendo um Mestre e podendo ter também um Vice-Mestre e um pianista.
As Brigadas de Pandeiros também não têm números máximos ou mínimos e usam um pandeiro ligeiramente diferente dos conhecidos das rodas de samba e pagode. O pandeiro salvacionista é adaptado para apresentações mais coreográficas.
Grupos de Música Contemporânea podem ter os mais diversos instrumentos (guitarra, violão, baixo, bateria, teclado, cajon, piano, sanfona, instrumentos de metais, saxofone, etc) e podem ter quantas vozes forem necessárias. Geralmente esses grupos tocam músicas diversas, adaptadas para o contexto comunitário do Corpo.
Grupos de coreografia podem ter estilos de dança que usem ritmos e estilos populares (chula, forró, frevo, samba, etc) ou dançar ao som de músicas mais modernas (pop, eletrônica, etc).
Grupos de teatro por sua vez tem diretores, roteiristas, atores, cenógrafos, contrarregras, iluminadores, sonoplastas. São grupos que encenam apresentações diversas, desde passagens Bíblicas até musicais, passando também por apresentações de rua para fins evangelísticos.

• E como posso fazer parte de um desses grupos?
Primeiramente, procure capacitação na sua área de interesse. Um artista precisa de treino, treino e mais treino, seja ele da área que for.
Você pode falar sobre seu interesse com seu Oficial Dirigente ou com o líder da área específica na qual deseja participar. Deve então compreender as responsabilidades e obrigações que irá assumir e se dedicar, pois fará o que faz para Deus.
Independe da área que você se interessar queremos te incentivar a se envolver com a arte. Como você viu na parte “Da Bíblia” há vários textos bíblicos que nos fazem pensar nas artes como forma de adorar a Deus e pregar o evangelho, por isso, envolva-se!

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PARA MEDITAR E APLICAR EM CASA
Você já se viu atuando na área artística? Já faz parte de alguma área? Tem sido um soldado dedicado e tem cumprido todo o possível para servir a Deus da melhor forma?
Faça uma reflexão sobre isso ao longo de sua semana.