LIÇÃO 27 – PROMOVENDO A PAZ

DA BÍBLIA

• João 16:33;
• Filipenses 4:6,7;
• João 14:27;
• Romanos 8:6;
• Mateus 5:9;
• Salmo 29:11;
• Colossenses 3:15;
• Isaias 26:3;
• Romanos 14:19;
• Romanos 5:1;
• Salmo 119:165;

OBJETIVOS

Como resultado dessa lição os Cadetes Locais aprenderão que:
• Promover a cultura da paz é parte da missão salvacionista, pois é parte do serviço que prestamos à humanidade sofredora;
• Que a Bíblia, embora contenha trechos de combates e guerras, é um livro que promove a cultura da paz;
• Que devemos ser nós também pessoas pacificadoras.

PARA SE APROFUNDAR

Queremos abrir essa lição com um texto bíblico:
Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Romanos 14:19
A pergunta difícil: Como um livro que tem tantos heróis de guerra e combatentes como Josué, Sansão, Gideão e Davi pode ser um livro que traz ensinamentos como promover a paz?
Conflitante? Nem tanto!
Você já deve ter percebido que a Bíblia é um livro bastante realista. Ela mostra o melhor da humanidade, mas não esconde o pior dela. Infelizmente a violência e a cultura da agressividade fazem parte da história da humanidade e a Bíblia não tenta esconder essa questão.
De fato, um dos motivos para que o povo judeu dos tempos de Jesus não tê-lo reconhecido como o Cristo enviado de Deus é por que eles esperavam um guerreiro conquistador, e não um cordeiro santo (Atos 1:6).
Agora, coloque lado a lado as expectativas daquele povo e as palavras de Jesus em Mateus 5:9, que diz: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.”. Obviamente a ideia que Jesus transmite através de Seus ensinamentos não era o que eles esperavam.
Ainda assim, esse é o ensinamento e a atitude padrão de Jesus, que podemos ver mesmo quando Ele foi preso e maltratado:
“Disse-lhe Jesus: "Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão. Você acha que eu não posso pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma? Naquela hora Jesus disse à multidão: "Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estava ensinando no templo, e vocês não me prenderam! Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas". Mateus 26:52-56a
“Enquanto isso, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e dos seus ensinamentos. Respondeu-lhe Jesus: "Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo. Por que me interrogas? Pergunta aos que me ouviram. Certamente eles sabem o que eu disse". Quando Jesus disse isso, um dos guardas que estava perto bateu-lhe no rosto. "Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote? ", perguntou ele. Respondeu Jesus: "Se eu disse algo de mal, denuncie o mal. Mas se falei a verdade, por que me bateu? " João 18:19-23
Os dois textos acima mostram a reação de Jesus ao sofrer com a violência. Mesmo diante da violência de outros Jesus não tem a postura de devolver na mesma moeda, muito pelo contrário, Ele age como um pacificador, manda Pedro largar a espada, faz perguntas ao guarda que bateu nele ao invés de ataca-lo.
Mesmo diante da violência Jesus segue Seu próprio ensinamento sobre ser um pacificador.
Historicamente os mártires cristãos sofreram com a perseguição e a violência. Durante o Império Romano, por exemplo, cristãos eram jogados nas arenas para serem mortos por animais, ou torturados e mortos apenas por professarem sua fé.
Seguindo os ensinamentos de Jesus esses mártires não revidavam e, mesmo com suas mortes, seu testemunho de paz, amor e devoção foi o suficiente para alcançar outros para o Reino.
Como salvacionistas temos uma série de eventos históricos que nos colocaram à prova quanto a promoção da paz e a cultura pacificadora.
Ainda em Londres nos primórdios do Exército de Salvação a atitude ousada dos pioneiros de pregar a abstinência do álcool e uma vida de santidade fazia com que donos de bares e outros estabelecimentos similares se levantassem contra nós.
Essas pessoas, usando o nome de “Exército Esqueleto” e instigando a outros contra o Exército de Salvação, literalmente atacavam os salvacionistas durante as marchas. Pedras, madeiras e até gatos mortos foram lançados contra salvacionistas.
Ainda assim a postura do Exército de Salvação sempre foi a de uma resistência pacífica. Diante do ataque inimigo as bandas tocavam, os salvacionistas marchavam e todos louvavam a Deus. Isso até resultou na conversão de alguns “esqueletos” para as fileiras salvacionistas, mostrando o poder da cultura da paz.
Promover a cultura da paz é, portanto, uma questão de mentalidade, como explica Romanos 8:6: “A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz”.
Colocamos diante de você duas culturas, a cultura da paz promovida por Jesus, pelos mártires e pelo Exército de Salvação, uma cultura onde oferecemos a outra face e oramos por aqueles que nos perseguem e a cultura do mundo, uma cultura de morte e violência.
Qual dessas culturas você quer viver? Qual delas você irá promover com seu testemunho?

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

PARA MEDITAR E APLICAR EM CASA

Medite sobre suas atitudes. Você é uma pessoa violenta? Lembre-se que violência não é somente física e, portanto, violência verbal e emocional realizada contra outros ou contra você mesmo também contam.
Diante de sua reflexão, quais atitudes você precisa mudar e como pretende fazer isso?
Encontre um parceiro de oração para lhe ajudar nessa jornada de promoção da paz.